Há um momento em que o pensamento ultrapassa o limite do real,
viaja tal qual uma locomotiva que no trilho corre veloz em alguma direção
ou um conto de fadas no qual se pode viver as mais lindas ilusões.
Sonhar acordado, caminhar mesmo parado, sentir sem tocar,
pairar no ar sem ter asas, tocar as nuvens com os pés no chão,
é assim que a mente vai além e fica à deriva da chamada emoção.
No imaginário ilimitado das ideias tudo é possível,
sentir o odor da flor que ainda não desabrochou,
perder os olhos no infinito e alcançar a alma de quem nunca se viu,
captar o sabor daquilo que ainda não se provou,
até mesmo sentir calafrios com os desvarios argutos do amor.
Essa intrépida imaginação, às vezes, tão oposta à lucidez
é sedutora, hipnótica e faz tão bem,
porém, um toque basta para romper sua redoma
que é tão frágil e fugaz quanto uma bolha de sabão
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